"Pois somos cooperadores de Deus".
- Paulo (I Coríntios, 3:9)
*Mariane de Macedo
Portanto, os homens são espíritos
reencarnados pela necessidade de aprendizado, em corpos físicos. Entretanto o
aprendizado só acontece através das sucessivas reencarnações as quais, todos estão
comprometidos em seus projetos reencarnatórios. Este projeto é desenvolvido
previamente na espiritualidade para o êxito na existência. Assim, comprovando a
bondade divina para com todos. “Antes de
reencarnarem, na fase preparatória que experimentaram no Mundo Espiritual, tiveram
o períspirito e o corpo físico planejado pelos técnicos em reencarnação no
sentido de lhes ajustarem as estruturas, para que, no momento próprio,
eclodissem ou se ampliassem as percepções extra físicas, iniciando-se a tarefa
de intercâmbio espiritual. Para Manoel P. Miranda: Foram adestrados para o trabalho que ora desempenham, (...)
apropriaram-se das ferramentas de que necessitam,...”.
De posse das ferramentas que necessita, o
indivíduo não percebe o empenho de Deus, através das equipes espirituais, para
que efetivamente obtenha êxito no projeto reencarnatório. Recebe todo o tipo de auxilio, tais como: auxilio
de seu anjo da guarda; frequência em ambientes espiritualizados através de
encontros espirituais com aqueles que permanecem na espiritualidade e através
dos sonhos tem pequenas lembranças, ou não, conforme a necessidade e, além
disto, a família.
O papel da família é fundamental no processo
reencarnatório, para que o homem faça escolhas adequadas e, assim, evolua. Para
Emmanuel: “De todos os institutos sociais
existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos
alicerces morais que regem a vida.” Concordando Hermínio P. de Miranda
salienta: “A família é, pois, um grupo
que caminha, oferecendo mútuo amparo, revezando-se aqui na Terra e no Além, uns
na carne, outros em espírito.”.
Na maioria das vezes, a família é formada
para auxiliar os equivocados a se recuperarem dos erros morais, a repararem
danos que foram causados em outras tentativas nas quais malograram. Em
decorrência disto, a tomada de consciência por parte de pais e educadores é
imprescindível, posto que através da infância o processo educativo torna-se
mais efetivo. Toda a criança é uma massa de modelar, que se orientada com amor
acata o apelo amoroso para este processo evolutivo. As crianças são seres que
Deus manda a novas existências, dando-lhes aspectos de inocência. Nas questões
383 e 385 do Livro dos espíritos é enfatizado que “Nessa fase [infância] é que
se lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores” (385). “O
Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe,
capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os
incumbidos de educá-lo” (383).
O pai não cria o Espírito do filho, mas tem
por compromisso auxiliar o filho em seu progresso moral e intelectual. Perceber
os maus pendores e direcioná-los faz parte da tarefa de transformação moral
deste espírito, que embora em corpo infantil, ainda carrega consigo tendências
que necessitam de direcionamento.
Para obter êxito no projeto, Joanna de
Ângelis assevera: “Gasta-te, como o
combustível da luz, a fim de que haja claridade no caminho por onde segues,
propiciando aos que vêm depois a facilidade do trânsito no rumo da sua gloriosa
destinação,” (,,,)”(...) Não se pode,
portanto, compreender a aceitação das lições espíritas sem a sua correspondente
vivência: num comportamento adequado às
suas propostas iluminativas”. Fica evidente que a coerência entre o
conhecimento e a prática são indispensáveis para que o exemplo permaneça sobre
aqueles as quais o indivíduo se compromete. Se você sabe, o que fazes com
aquilo que sabes?
Embora a tarefa seja árdua, o homem
necessita se esforçar. Ter o conhecimento da imortalidade da alma, da
reencarnação e entender o sentido da vida, abrindo uma possibilidade maior ao
individuo, de êxito no projeto reencarnatório. Quando conhece, escolhe melhor e assim pratica
as lições que a Doutrina oferta. Libertando-se dos processos educacionais
repressivos ou permissivos, que são os extremos, dando lugar para o caminho do
diálogo.
O dialogo possibilita a
criatura: 1°- Parar – diminuir o ritmo, interromper os comportamentos
mecanizados; 2° - Ouvir – Saber o que o outro pensa e sente. Dar a vez para
entender e compreender os parceiros (pais, filhos, cônjuges, amigos, colegas,
etc.) de caminhada; 3°- Olhar – Ver não apenas com os olhos físicos as pessoas
da convivência, mas acatar as intuições e ver com os olhos da alma as
necessidades, as fraquezas e as virtudes alheias; 4° - Pensar - com a lógica
espiritual para construir um pensamento reto e justo e, por último: 5° - Agir –
de forma coerente sem maltratar os outros, mas visando ter atitudes educativas
que mobilizem os educandos e abrindo sempre espaços para a conversa assertiva, franca
e madura.
Para Paulo, “somos cooperadores de Deus"; para assumir este papel é preciso
lucidez, fazendo a reforma íntima para sair dos comportamentos equivocados. E,
assim, em se melhorando, ser grato a Deus, servindo na causa do bem, como
cooperador.
“Brilhe
a vossa luz” – propôs o Mestre. “Acendamos a claridade do amor incondicional
em nosso mundo íntimo e deixemos brilhe a luz da misericórdia em toda a parte,
irradiando-se de nós como bênção da vida em favor de todas as vidas.”
Bibliografia:
Emmanuel, F.C. Xavier. “Vida e
Sexo”, Ed. FEB
Joanna de Ângelis/D. Franco.
Adolescência e Vida,
Joanna de Ângelis – - Libertação
pelo sofrimento
Projeto Manoel P. Miranda -
Vivência Mediúnica
Programação e condições
encarnatórias para o êxito.
MIRANDA, Manoel P., Sexo e
Obsessão.
Hermínio C. Miranda, “Candeias na
Noite Escura”, Ed. FEB
- Trabalhadora
do centro Espírita Ismael Vivian Eillers – Caçapava do Sul
- Psicóloga